Cartas e cartõezinhos ocupavam bastante o tempo no século XIX. Estes objetos restaram como documentos de nossas histórias pessoais e administrativas. Algumas vezes, eles juntaram as duas. Publicamos o convite de casamento da filha de Júlio de Castilhos, já falecido, na ocasião – mostrando o bom relacionamento do Governo do Estado com a Intendência.

A letra da remetente é firme. Acompanha a missiva um envelope com o nome de Dr. Montaury e nele escrito: ” Em mão”. Há um cartão de agradecimento em formato pequeno, impresso com o nome de Honorina de Castilhos, datado de 21/11/1903, onde ela e a filha Júlia agradecem penhoradas a Montaury, provavelmente a sua presença no casamento. Sobre esta correspondência é importante informar que José Montaury, conhecido como o “Eterno Intendente”, gozava da amizade da famìlia de Julio de Castilhos contando com ele ao longo de todo o seu governo. Com a morte precoce de Júlio de Castilhos (1860 – 1903), Montaury seguiu no Governo de Porto Alegre (1897-1924). Após o falecimento da viúva, Honorina, em 1905, o prédio foi comprado pelo Governo do Estado, sendo transformado em Museu, para onde foi transferido o acervo do casal. Ainda hoje, o prédio conserva este acervo, muito embora necessitando de alguma conservação.


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