Para os antigos egípcios o mundo estava cheio de deuses. Sem dúvida, para eles nada era inanimado, havia uma alma em cada coisa. Havia deus-céu, deus-terra, deus-água; animais estranhos eram deuses maus ou demônios. Todos eram forças sobrenaturais, importantes para o homem. Tanto como entre os homens, também entre os deuses havia relacionamentos, sociedades de deuses e famílias de deuses. Assim, através dos tempos, eles eram objeto de respeito e até de veneração. Isto era válido tanto para pequenos objetos inanimados como para as enchentes do Nilo, que eram denominadas como membros de Osíris; o ar, denominado de membro de Amun; e o incenso significando o odor divino.
Entre 3500 e 2250 a.C., formaram-se pelo menos três teorias sobre a criação; Heliópolis, Hermópolis e Mênfis. A mais antiga, desenvolvida em Heliópolis, tornou-se a mais popular de todas. Segundo ela, “no começo” não existia nada, somente Num, o oceano primordial, no qual surgiu uma montanha e, nela, o deus Atum, o completo e auto criado. Do seu sêmen ele criou o deus Shu, a atmosfera, e para ele uma mulher, a deusa Tefnut, a umidade. Este casal deu à luz Geb, a terra, e Nut, o céu, que tornaram-se pais de Osíris, e sua mulher Ísis, e de Seth, e sua mulher, Neftis. Atum e seus nove descendentes formaram a Grande Enéade de Heliópolis.
Osíris acabou se tornando um dos mais importantes deuses egípcios, pois era associado à vida além da morte e também à vegetação. Além disso, era o responsável pelo julgamento dos mortos no “Tribunal de Osíris”. Neste tribunal, Osíris pesava o coração do morto para avaliar se este mereceria uma vida no além.

Na religião funerária, Osíris foi o primeiro a ser mumificado e a ressuscitar por meio da magia. Ele, enquanto regente falecido, torna-se senhor do reino dos mortos. Já sua ressurreição possibilita que as pessoas também possam adquirir uma vida após a morte.
Seu símbolo, O Pilar de Osíris é um poderoso talismã e também o nome do meu novo romance. Osíris, o mais poderoso dos deuses, que mesmo oculto, sempre esteve presente, é o protetor de todas as personagens deste livro que será lançado dia 11 de novembro, a partir das 17h, na Feira do Livro de Porto Alegre. Este romance tem como foco o amor, a forte presença feminina e o companheirismo, nos tempos do Novo Império, à época do Faraó Ramsés III.